lunes, octubre 29, 2007

marinheiro só

enraizado sentado há três meses no mesmo sofá pernas de iroko apaoka akoko sem sexo empoeirado olhando pro nada.
saudade o tempo todo só sente saudade como se mais nada no mundo fosse além de saudade.
desespero também porque não porque se entre um gole e outro de café ou de bebida quem sabe até água um trago no cigarro lembra lembra lembra e chora.
choro que desce calmo arrastado quente como o último gole do último copo de uísque.
salgado como o mar as rosas que ele joga e pede pede yèyé omo ejá também sou peixe aceite por favor aceite.
sem vírgula sem tempo rápido rápido como o galope no cavalo de são jorge santo guerreiro. que vai além mar pra onde ela foi.
e de lá não volta mais.

2 comentarios:

Jade Magalhães dijo...

ficou legal assim sem vírgulas lendo em voz alta parando pra respirar só nos pontos tipo galopando poc poc poc poc poc poc pra não dizer pocotó porque lembra a música lá.

KS Nei dijo...

A relação entre o texto e o que ele apresenta é duca. Fica a coisa do enigma "concretista" com ares de Haroldo de Campos metendo o pé na porta querendo mais.
Saudade é uma merda mesmo.