martes, diciembre 25, 2007

artificial


a
noite
vem
montada
de
branco
na
luz
artificial
do
estacionamento
ao
lado
queria nela contigo:
um pouco de tinta
na tela, e um pouco
em ti.

domingo, diciembre 09, 2007

Paredes Amarelas

Incrível como a vida pode ser vazia. Tá tudo tão branco aqui em volta. Nem azul claro nem nada. Sentada na frente do computador, nem um recado, nem um sorriso, nada pisca, nada de novo. Eu queria ler aquele livro que eu tanto gosto, mas a verdade é que eu nem gosto mais de ler. Aí me dá vontade de escrever um poeminha, daqueles que nem eu entendo direito, que é meio que uma história, mas sem seqüência lógica inicial maiúscula ou ponto final. Mas a verdade é que não tenho vontade de escrever. Então acendo outro cigarro, e ai, querida, isso é tão, mas tão clichê. A porra do meu chá já tá gelado e não faz mal porque eu acho o gosto horrível de qualquer jeito, mas dizem que emagrece então eu tomo porque é melhor tomar essa coisa horrível do que fazer mais uma daquelas dietas malucas e morrer de inanição. Pelo menos esse mês, mês que vem penso de novo. Então eu pego o celular e fico olhando nome por nome numa saudade imensa de todo mundo e numa vontade quase incontrolável, que a timidez sempre controla, de ligar pra alguém e dizer:
Oi, é madrugada de quinta, tô aqui sozinha, pode vir aqui com novidades ou uma lata de tinta amarela? Obrigada, venha de táxi.