jueves, enero 25, 2007

A Borboleta

Queria chorar. Não por tristeza ou por dor. Nem por raiva ou nervosismo. É como se uma coisa aqui dentro doesse porque é predestinada a doer. Chega uma hora que tu pára e pensa: nada daqui para frente me parece interessante, e o que me parecia interessante antes, já não me parece mais. Então apenas o que resta é passar um café. E tomá-lo olhando a rua.

Hoje eu não vou escrever sobre cafés. E nem sobre cigarros. E nem sobre pessoas tristes sem nome, sem rosto e sem expressão. Perdidas em pensamentos turvos. E nem sobre coisas quebradas. Não falo da chuva – nem do cheiro da chuva - não tentarei descrever o pôr-do-sol. Não usarei a palavra Crepúsculo. Hoje não farei textos sobre a Angústia.

Hoje eu vou falar sobre uma borboleta: uma borboleta que entrou no meu quarto. Tinha as asas de um verde bonito. E me lembrava alguém.

Então a borboleta saiu pela janela aberta. Voou para longe. E eu nunca mais a vi.

7 comentarios:

juliana dijo...

Borboleta verde. Hm...

O Gafa! dijo...

Quando tu não escrever sobre mulheres, elas ficam implicitas. Um cafageste à moda antiga.



Entendi e gostei desse. Acho que tô ficando sensível...

Anónimo dijo...

Borboletas, mariposas, beija-flores. Voar é preciso.

Sobre o Otto, é do jeito que você falou mesmo. Eu vivo cantarolando errado e falta uma sílaba na última nota, soa estranho.

Esse disco dele (Sem Gravidade) é o bicho.

Chando, Lucas dijo...

É o bicho é o bicho
eu vou te pega
Que, não é do otto?

Piadas a parte: Que afudê.
Não te lia a tempos aqui, tou babando pelo texto, adorei pacas!

Abraço e um aperto de mão.

Acho que nunca apertei a tua mão. o.O

Eu queria uma borboleta. Verde. Que me lembrasse alguém.

Anónimo dijo...

Eu não falei sobre a mpb, falei sobre o around. A mpb se renova num clic. Eu amo mangue beat, Otto e Lupicínio. Cordel, nem falo nada que é covardia.
A mpb é referência para jazzistas e tal. Um hit do Black Eye Peas é um beat de funk carioca.
Pat Metheny sempre diz que Milton Nascimento is my hero.
Sem bossa nova nada disso seria jazz contemporâneo.
Não, você não entendeu o foco. Mas tudo bem, nem eu.

Anónimo dijo...

Não falei em mpb. Amo Otto, Science, Djavan e Ataulfo.
A mpb é referência para jazzistas etc.
o Black Eye usa beat de funk carioca num hit.
A mpb é o nosso maior tesouro, maior que nosso território, maior que nosso povo, maior que nossa cultura.
Sem mpb nós seríamos só latinos.
Com mpb nós somos brasileiros.
Pat Metheny sempre diz que Milton Nascimento is my hero.
George Benson está atrás de um guitarrista brasileiro.
Sem Jorge Benjor o mundo NUNCA cantaria obá-obá-obá. Isso toca até em farmácia aqui no Japão, até em propaganda de Gillete.
Falei do around, da pop de fm, do rock gasto e fraudulento que eles estão nos fazendo engolir.
Tim Maia foréva!
Abraços!
Nei

juliana dijo...

aquilo é uma música. p.j. harvey. e tal. =)