Dentro daquele terno preto ficava lindo.
Estava morto.
Acordou como todos acordam, como todos não querem acordar.
Acordou com sono, dormiu sem.
Estava pronta para ir à casa dele.
Passou um café, botou uma roupa qualquer e foi buscar pão na padaria perto de sua casa, voltou em cinco minutos, nem isso, tomou seu café da manhã, longo e pensativo. Porém rápido, não tinha tempo.
Tirou aquela roupa tomou um banho, estava cansada, a noite foi longa.
Remédios para dormir, remédios tarja preta, não recomendados pelo médico. Tomou e deitou para dormir, não dormiu, mesmo com os remédios estava sem sono, resolveu ir até a cozinha tomar um whisky para dormir mais rápido, vomitou.
Estava com medo e com frio, estava de calcinha deitada no chão gelado se contorcendo sem poder falar com ninguém. Sentia saudade de sua vó.
Saiu do banho, se vestiu, uma roupa bonita para o ver, estava ansiosa para ir para a casa dele, não se lembrava porque, mas estava. Pegou sua chave, mas quando abria a porta o telefone tocou, era urgente, parecia urgente.
Dentro daquele terno preto ficava lindo.